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Os meniscos são estruturas fibrocartilaginosas, presentes no joelho, que desempenham importantes funções tais como: 1) absorção de impacto, 2) lubrificação e distribuição do líquido articular, 3) estabilização do joelho e 4) proteção da cartilagem.
São dois em cada joelho (medial e lateral) com formato de semi lua. Os traumas torcionais são as principais causas de lesão, mas existem também lesões degenerativas que podem estar relacionadas à idade, falta de atividade física e sobrepeso.
O diagnóstico das patologias meniscais é baseado no exame físico detalhado e confirmado através de exames de imagem como, a Ressonância Magnética.
O tratamento das lesões traumáticas normalmente é cirúrgico, feito por artroscopia, onde são realizados dois pequenos orifícios para colocação dos instrumentos e toda a cirurgia é realizada por vídeo. A internação pode ser feita em day hospital e o paciente sai andando no mesmo dia.
Os principais ligamentos do joelho são os ligamentos cruzados (anterior e posterior), colaterais (medial e lateral) e o ligamento patelo femoral, que estabiliza a patela.
Os pacientes com lesões ligamentares dos joelhos se queixam de instabilidade ou sensação de que o joelho “saiu do lugar” e os traumas esportivos são as maiores causas de rotura. O diagnóstico é feito através do exame físico minucioso e exames de imagem, como a Ressonância Magnética.
Normalmente os ligamentos colaterais tem potencial de cicatrização e o tratamento pode ser conservador, com fisioterapia e medicação.
Infelizmente os ligamentos cruzados não cicatrizam e precisam ser substituídos por um outro, reconstruído através de cirurgia.
Existem vários tipos de enxertos e técnicas disponíveis. Elas são baseadas na experiência do cirurgião e nas necessidades e peculiaridades de cada paciente.
Este é um tema muito estudado pelo especialista de joelho. Existem alterações anatômicas que levam a um mau alinhamento da patela e isto pode causar desgaste precoce da cartilagem que a recobre.
As queixas variam desde os estalidos, inchaços ou creptação nos joelhos, que podem levar a dor progressiva e incapacitante. Em outros casos, é comum a sensação de instabilidade ou até episódios de luxação, onde a patela sai do lugar.
Exames de imagem como Tomografia Computadorizada e RX vão identificar as alterações ósseas e a Ressonância Magnética vai mostrar a condição da cartilagem articular.
O tratamento pode ser conservador, com fisioterapia, medicação e reforço muscular. Nos casos mais graves será necessária a intervenção cirúrgica para reconstruir o ligamento patelo femoral ou outros procedimentos que vão corrigir as alterações ósseas.
Também chamada de artrose, é o processo degenerativo que acomete a articulação do joelho.
Não existe uma causa isolada: excesso de peso, vida sedentária, hereditariedade, alterações metabólicas e os desvios de eixo são as mais comuns.
O diagnóstico é feito através da história clínica, exame físico e exames de imagem, como radiografias com carga e panorâmicas.
Com estes exames definimos o grau da artrose e seus tratamentos: artroses mais leves são tratadas com fisioterapia, medicação, perda ponderal e exercícios direcionados.
Os casos mais graves normalmente são tratados através de cirurgia, onde são colocadas as próteses que vão substituir a cartilagem doente por componentes metálicos, interligados com um plástico ultra resistente de nome polietileno.
As infiltrações com ácido hialurônico ganharam destaque no tratamento das artroses, mas só está indicado nos casos leves e moderados levando conforto e diminuindo as dores.
Existem variações anatômicas no joelho que denominamos VARO ou VALGO.
Estas variações, quando ultrapassam os limites aceitáveis, vão levar a um desgaste precoce da articulação do joelho, que pode ser na sua face medial (dentro) ou lateral (fora).
Algumas causas para isto são as sequelas de fraturas, lesões meniscais/ligamentares crônicas ou que não tiveram o tratamento adequado.
Acomete pacientes mais jovens e normalmente apenas um dos compartimentos da articulação. São nestes casos que lançamos mão das osteotomias, que são as cirurgias que vão corrigir o eixo de carga, trazendo o peso do corpo para uma área do joelho sem doença.
São as lesões da cartilagem articular.
O tratamento leva em conta o aspecto, tamanho, profundidade, mecanismo que ocorreu, idade e demanda física do paciente. Não há receita de bolo: cada paciente receberá o tratamento mais adequado para o seu caso.
O tratamento pode ser realizado com ou sem cirurgia, que normalmente é a artroscopia. No tratamento sem cirurgia, são usadas medicações condroprotetoras, infiltrações de ácido hialurônico e fisioterapias.
Para os casos cirúrgicos, existem diferentes técnicas que podem ser aplicadas; desde as mais simples, como raspagem e regularização da cartilagem, às micro fraturas, que são pequenos orifícios que vão induzir a produção de nova cartilagem e as membranas de colágeno que vão recobrir as lesões grandes.