A artrose do quadril é uma doença degenerativa, que se caracteriza pelo desgaste da cartilagem que reveste esta articulação, que é composta pela cabeça do fêmur e o acetábulo.
Os pacientes com este problema se queixam de dor local, dificuldade para realizar algumas atividades como subir escadas ou calçar os sapatos e nos casos mais graves, notam encurtamento do membro e claudicação.
Existem inúmeras causas para a artrose, mas podemos destacar algumas doenças reumáticas, patologias da infância como Doença de Perthes e Epifisiólise, traumas que levaram a fraturas do colo femural e alterações na anatomia do osso que ocorrem na Sindrome do Impacto do Quadril´.
O diagnóstico e feito através do exame clínico e radiografias convencionais e quanto mais rápido ele for realizado, melhor.
O tratamento pode ser dividido em Conservador, com mudança nos hábitos de vida, perda de peso, sessões de fisioterapia e medicações analgésicas e/ou anti inflamatórias. Nos casos mais avançados o tratamento é realizado através da artroplastia total do quadril onde substituímos a articulação por componentes metálicos, levando ao fim das dores, melhora dos movimentos e da qualidade de vida.
A necrose da cabeça femoral ocorre quando é interrompido o suprimento sanguíneo nesta região. Os pacientes se queixam de dor na virilha, dificuldade para realizar alguns movimentos, em alguns casos podem mancar pela intensidade da dor e o diagnóstico nem sempre é feito de forma precoce.
São inúmeras causas para esta patologia: uso prolongado de corticóides, anemia falciforme, trombofilia, radioterapia, fraturas, entre outras.
Para esta doença o diagnóstico precoce faz toda a diferença, pois o objetivo é manter a cabeça do fêmur esférica e com a cartilagem saudável. Nos estágios iniciais, o tratamento pode ser feito com uso de muletas para retirar a carga sobre o local afetado, medicações e fisioterapia.
Caso o tratamento não dê o resultado esperado, existem intervenções cirúrgicas para estimular a vascularização no local. Normalmente é feita uma descompressão da cabeça do fêmur e preenchimento local com osso autólogo ou cimento ortopédico evitando com que a cabeça se deforme.
Nos casos crônicos há um desgaste acentuado que leva à artrose local, sendo a artroplastia total o único tratamento.
A Artroplastia Total de Quadril ou Prótese Total de Quadril é uma cirurgia surpreendente, com resultados empolgantes e concretos. É um dos procedimentos ortopédicos eletivos mais realizados no mundo, com índice de satisfação dos pacientes ultrapassando os 95%.
Está indicado naqueles pacientes portadores de artrose do quadril, doença que leva à dor crônica, limitação dos movimentos, claudicação e encurtamento do membro. Para realizar uma artroplastia do quadril, o paciente precisa realizar radiografias especiais que, serão fundamentais para o planejamento pré –operatório.
A prótese a ser implantada pode ter algumas diferenças na forma de fixação no osso: existem próteses cimentadas, híbridas ou as não cimentadas. Outra possibilidade são os tipos de cabeça a serem substituídas: as com durabilidade maior (pois produzem menor atrito) como as de cerâmica ou as convencionais, fabricadas com uma liga de cromo e cobalto. Por fim, existem variados tamanhos de cabeça que, quanto maiores forem, trazem maior estabilidade.
O internamento dura um média de 2 a 3 dias e os pacientes já saem do hospital andando, com muletas ou andador. A fisioterapia é muito importante no tratamento e já é iniciada durante a internação. As próteses mais modernas tem sobrevida de mais de 20 anos, fazendo com que a necessidade de troca seja cada vez menor.
Essa é uma patologia muito comum no Brasil, por conta do nosso esporte mais praticado que é o futebol. É um processo inflamatório, que acomete a região central da bacia e está diretamente relacionado a um desequilíbrio e/ou fadiga dos músculos abdominais e os adutores da coxa.
A dor pode ser de moderada a de grande intensidade, levando o paciente a parar a atividade esportiva. Inúmeros jogadores profissionais sofrem com este problema que, na maioria das vezes, é resolvido com sessões de fisioterapia, medicação e reabilitação muscular. Casos crônicos são tratados com intervenções cirúrgicas.
Quem nunca ouviu falar na bursite? É muito conhecida quando acontece no ombro mas é comum também no quadril.
Todas as pontas de osso tem uma bolsa (bursa), que funciona como amortecedor de impactos. Existem bursas no ombro, joelho, cotovelo, quadril e pé. Cabe ao profissional médico identificar as causas da bursite, que nada mais é do que uma inflamação destas estruturas.
Os exames físico e de ressonância magnética são fundamentais no diagnóstico. O tratamento geralmente é sem cirurgia, utilizando medicações, fisioterapia e mudança de alguns hábitos. Nos casos rebeldes, lançamos mão das infiltrações com corticoide, que ajudam bastante também.
Esta doença foi descoberta há pouco mais de 25 anos e consiste na presença de algumas alterações anatômicas no formato da cabeça do fêmur e do acetábulo.
Os pacientes apresentam dor na virilha quando praticam atividades físicas e que melhoram com o repouso. Em alguns casos pode haver irradiação para face lateral da coxa. O diagnóstico é feito através do exame físico e exames de RX e Ressonância Magnética.
Mudança no perfil do esporte e sessões de fisioterapia podem ajudar, mas a cirurgia faz parte do arsenal terapêutico. No ínicio tratamento era doloroso, com grandes cortes e recuperação demorada.
Insatisfeitos com este tipo de tratamento, os especialistas de quadril começaram a buscar alternativas a este tipo de cirurgia e foi desenvolvida a técnica artroscópica, largamente utilizada no joelho e ombro, mas ainda pouco utilizada para tratar as doenças do quadril.
Através de pequenas incisões laterais, a cirurgia consegue corrigir estas alterações no formato dos ossos e prevenir o desgaste da articulação. A curva de aprendizado é grande, o treinamento médico é feito em peças de cadáver em locais com toda segurança e respeito às normas da vigilância sanitária.
Quando bem indicada, a cirurgia artroscópica traz ótimos resultados trazendo qualidade de vida aos pacientes, prevenindo o desgaste da articulação.